9 de janeiro de 2008

ACEITANDO O DESAFIO

Caros amigos e amigas do Verde Segredo

Não sei se lembram do desafio que fiz via grupo para que plantássemos nós mesmos algumas árvores. Sei que parece pouco, mas se cada um fizer um pouquinho o mundo melhora.

Moro no Jardim Boa Vista, Embu Guaçu há 18 anos e temos colocado por desafio arborizar nosso bairro.Já conseguimos fazer um pouco. Há uma área que pertence ao DNER e por isso a prefeitura não faz a conservação.Minha família e eu, mais alguns vizinhos bem intencionados estamos cuidando um pouco de nosso bairro.

Esta é a entrada do Jardim Boa Vista:










Nessa parte superior que está verde plantamos em torno de 50 mudas de árvores, todas elas plantadas de sementes que recolhi no tempo que estudei na arborizado USP, quando passeava no parque ecológico, quando fiz minha pós graduação em Lavras e por onde eu passo e encontro sementes. Minha tia também adora fazer mudas de sementes. Ela é responsável por todas as sibipirunas do bairro. Plantamos pitangueiras, limoeiros, jatobás, patas de vaca, ingá, jambolão, ameixeiras, ficus, pinhão, pinheiros, ipê, pau-brasil dentre outras. Como a parte superior já está toda plantada, nossa ambiciosa meta é a de plantar árvores nessa parte de terra que vemos na foto.






Infelizmente, ainda há muitas pessoas que simplesmente utilizam essas áreas para jogar lixo, apesar do caminhão da coleta de lixo passar três vezes na semana. Essa parte é mais difícil. Mudar a paisagem é mais fácil que mudar a cabeça das pessoas. Mas a parte boa é que quando estamos plantando, aparecem crianças para conversar e esse é o momento de se plantar a boa semente da educação ambiental. Enquanto plantávamos, ouvimos das crianças o aborrecimento de verem pessoas que jogam lixo nessa área. Ficam olhando para as árvores e sabem que em breve muitas delas produzirão frutos. A ameixeira foi a primeira e suas sementinhas já formam uma nova geração de mudas, assim como as do ipê.






Na foto abaixo estão as militantes ambientais sexagenárias, minha tia e minha mãe. Meu tio setentão também faz parte da equipe, só que ultimamente está precisando é da sombra das árvores.













Essas minhas queridas são minhas bravas companheiras no plantio das árvores, especialmente minha tia, que não tem medo de enxada.





Só neste início de ano plantamos juntas 6 mudas de árvores: duas pitangueiras, duas sibipirunas, um flanboyant e um pau-brasil. Aproveitamos o final da tarde para fazer esse serviço, aproveitando a trégua do sol, e só paramos quando vemos o sol se por no horizonte entre as árvores de nossa mini floresta.



Na verdade, só queria retomar meu desafio e se você não tiver nenhuma área para cuidar, aceito sua ajuda, porque a tarefa é hercúlea.

Conheça um pouco do Parque da Várzea de Embu Guaçu

http://eejor.blogspot.com/2007/09/mutiro-verde-na-eejor_1326.html

Embu Guaçu vista de cima.

8 de janeiro de 2008

Comunidade do Orkut.

Esta semana comecei a andar pelas comunidades, e observei que a maioria tem só o nome para chamar atenção para mais adeptos na rede.

Qual a atuação na prática que essas comunidades realizam?

Tem várias comunidades veiculadas a ação ao meio ambiente, estas está mesmo fazendo alguma diferença para o meio?

Como essas Comunidades, interagem com a opinião e consegue sensibilizar, os internautas de plantão?

Os tópicos de algumas comunidades são tão absurdos, que se torna um insulto até mesmo para uma criança.

Quando que alguém, irá se importar mesmo com o meio-ambiente ou com qualquer outro assunto de uma maneira real? Sem usar como veículo de modismo?

7 de janeiro de 2008

Consenso para conciliar comércio e meio ambiente

Sem parâmetros ambientais claros, a Organização Mundial do Comércio (OMC) terá uma remota possibilidade de acertar o alvo na luta contra a mudança climática.

Genebra, 7 de janeiro (Terramérica) - A relação entre o comércio internacional e a mudança climática poderia ser determinada por um acordo internacional que incluísse os principais poluidores. Muitas perguntas a respeito surgiram na conferência da Indonésia sobre mudança climática, realizada em dezembro pelas Nações Unidas, mas não houve respostas práticas, pelo menos nenhuma sobre a qual todos estivessem de acordo. Alguns gostariam que o sistema comercial compensasse qualquer desvantagem competitiva sofrida pela aplicação de medidas para atenuar a mudança climática.

Há muitas idéias circulando sobre quais seriam essas medidas “compensatórias”, e a maior parte da discussão se concentra nos países mais expostos comercialmente e nos setores de maior utilização de energia, como do aço e do alumínio. Por exemplo, alguns consideram a imposição doméstica de taxas sobre as emissões de carbono, enquanto outro grupo prefere se concentrar no que pode ser cumprido de maneira mais imediata pelo sistema comercial na luta contra a mudança climática, como a abertura de mercados para bens e serviços ambientais por meio da Rodada de Negociações de Doha, da Organização Mundial do Comércio.

Outra questão polêmica é a das emissões de dióxido de carbono do sistema de intercâmbio internacional, isto é, quanto desse gás causador do efeito estufa é lançado na atmosfera por diferentes atividades comerciais. Um novo conceito é o de “alimentos/quilômetros”, pelo qual se calcula a quantidade de carbono emitida no transporte internacional de alimentos, do seu local de origem até a mesa do consumidor. Muitos concluem que seria melhor produzir bens no próprio território para minimizar as emissões, em lugar de importá-los, mas este argumento nem sempre é possível de ser sustentado após verificações empíricas.

De fato, 90% dos bens comercializados internacionalmente são transportados por mar, de longe a maneira mais eficiente por suas baixas emissões, de apenas 14 gramas de dióxido de carbono por tonelada/quilômetro. Em seguida, vem o transporte ferroviário e, em terceiro lugar, o transporte terrestre. O menos eficiente é o aéreo, que emite um mínimo de 600 gramas de dióxido de carbono por tonelada/quilômetro. Ao trabalhar por um acordo internacional sobre a mudança climática, os países terão de refletir sobre o papel do comércio internacional.

O comércio produz ganhos em matéria de eficiência, ao permitir que os países se especializem no que podem produzir melhor, o que, por sua vez, leva ao crescimento econômico. Este oferece aos países mais recursos para investir em prevenção e diminuição da poluição, se tomam a decisão política de fazê-lo. Por exemplo, a OMC tem normas em matéria de pautas de produção que estimulam seus membros a usar as regras estabelecidas por muitas instituições internacionais especializadas, bem como as referentes a subsídios, impostos, propriedade intelectual, etc.

Todas estas ferramentas normativas podem ser valiosas na luta contra a mudança climática, mas deveriam ser usadas sob parâmetros ambientais mais claros, que somente a comunidade ambiental pode estabelecer. Na falta de tais parâmetros, a OMC continuará arrastada de um lado para outro por diferentes atores, com uma remota possibilidade de acertar o alvo. Uma contribuição que a OMC pode dar agora mesmo é abrir mercados às tecnologias e aos serviços ambientais. A Rodada de Doha oferece uma via para o amplo acesso de produtos como depuradores de gases, filtros de ar e sistemas para a administração de energia.

No entanto, como era de se esperar, definir o que é um bem ambiental é objeto de apaixonado debate. Para os economistas, as coisas parecem claras. Eles nos dizem que o mercado global de bens e serviços ambientais pode ser avaliado em mais de US$ 550 bilhões anuais. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que os serviços “verdes” ocupam 65% desse mercado e os bens “verdes” os 35% restantes. A prevenção da mudança climática e os produtos e serviços para sua minimização representam uma importante proporção destes números.
Lançadas dentro do contexto mais amplo do capítulo ambiental da Rodada de Doha (que inclui a redução dos subsídios para a pesca e a intensificação do sustento mútuo entre as normas da OMC e os acordos ambientais multilaterais), as negociações sobre bens e serviços ambientais poderiam ter um resultado muito positivo para alguns países-membros, para a natureza e o comércio.


Fonte : http://envolverde.ig.com.br

O mistério das baleias mortas

As intoxicações originadas na maré vermelha podem ser a causa da elevada quantidade de mortes de baleias franca na costa argentina, no Oceano Atlântico.

Buenos Aires, 7 de janeiro (Terramérica) - Será difícil determinar o motivo do grande aumento da mortalidade de baleias na costa atlântica da austral Patagônia argentina, mas os especialistas que estudam o fenômeno apontam para a toxicidade da maré vermelha. A média anual de mortes saltou de 40 para 85 em outubro e novembro, de acordo com o Programa de Monitoramento Sanitário da Baleia-Franca, realizado há cinco anos por três entidades não-governamentais na província de Chubut, sul do país. Com cerca de 5,3 mil exemplares, esta colônia de baleia-franca (Eubaleana australis) é uma das maiores do mundo.

Entre maio e dezembro, chegam à costa para o período de reprodução e alegram os visitantes com seus saltos. Porém, a mortalidade em 2007 foi a maior desde 1971. A grande maioria é de filhotes de até oito metros de comprimento, encontrados no perímetro da Península de Valdés, de 500 quilômetros. Os cientistas manejam diversas hipóteses enquanto aguardam resultados de análises de amostras obtidas nas necrópsias. Porém, não acreditam que esses exames revelem completamente o mistério, e sim que forneçam indícios com os quais possam tecer conjecturas.

“Será difícil ter resultados concludentes” devido ao estado de decomposição dos animais analisados, explicou ao Terramérica o biólogo Mariano Sironi, diretor científico do Instituto de Conservação de Baleias, uma das organizações que integram o Programa. Essa limitação evidencia a falta de recursos do Programa, apesar de o avistamento de baleias atrair para Chubut milhares de turistas por ano. Apenas duas pessoas se mobilizam quando há o aviso de um animal preso na areia, e faltam meios para agir em tempo e de forma correta. Para esta crise receberam uma ajuda extraordinária do Serviço de Pesca Marinha dos Estados Unidos e do Fundo Internacional para a Proteção dos Animais e de seu Hábitat.

Fonte : http://envolverde.ig.com.br

Tibete inaugura observartório da camada de ozônio

A China, preocupada com o surgimento em 2003 de um "buraco" na camada de ozônio sobre o Tibete, inaugurou uma estação de observação dos níveis desse gás na região, informou hoje a agência estatal de notícias Xinhua.

A estação, que começou a operar no fim de semana, recebeu um investimento de 1,52 milhão de iuanes (US$ 208 mil) e está localizada a 3.648,9 m em Lhasa, a capital tibetana.

A maior parte do investimento foi destinada à construção de um espectrômetro de última geração que custou US$ 190 mil.

Em dezembro de 2003 foi descoberta uma área de 2,5 milhões de km² com menos de 220 unidades Dobson (medida que descreve a densidade da camada de ozônio), baixando depois para até 190.

Os cientistas chineses asseguram que esta queda não se deve à atividade humana, mas a "movimentos atmosféricos", correntes de ar altas e baixas em ozônio que se deslocam.

"O planalto tibetano é uma zona vital para a pesquisa da mudança climática", assinalou Zhang Yong, um dos responsáveis pelo observatório meteorológico do Tibete, que assinalou que a nova instalação fornecerá dados precisos sobre a radiação ultravioleta-B (UVB), que pode causar câncer de pele.

A China conta com outras quatro estações de observação da camada de ozônio, incluindo uma em sua base de Zhongshan, na Antártida.

Fonte : http://noticias.terra.com.br


França será dona da terceira maior máquina de calcular para uso científico

O Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) irá dispor da terceira maior "supermáquina" de calcular do mundo, fabricada pela gigante da informática IBM.

A "supermáquina", segundo comunicado do CNRS, permitirá aumentar a potência dos instrumentos de cálculo de 6,7 teraflops para 207, ou seja, centenas de bilhões de cálculos por segundo.

Se todos esses cálculos fossem realizados por pessoas dotadas de simples máquinas de calcular, seriam necessários cerca de 300 mil operadores durante 20 anos.

Atualmente, só estão em funcionamento duas máquinas que ainda superam a que estará à disposição do CNRS: uma no Departamento de Energia dos Estados Unidos e outra no centro de pesquisa alemão Forschungzentrum Jülich.

Um centro oficial de pesquisa da França ressaltou que esta plataforma constitui uma verdadeira mudança para a comunidade do país e prevê futuros investimentos que podem ser realizados para um chamado "Grande Equipamento Nacional de Cálculo Intensivo".

A nova plataforma constará de dez "armários" Blue Gene/P que serão instalados até o final do mês, e serão, ainda, acrescentados oito "racks Power 6" em julho, o que irá oferecer a melhor relação disponível entre consumo de energia e potência resultante.

A "supermáquina de calcular" terá uma utilidade polivalente, já que muitas disciplinas científicas necessitam dispor de grandes capacidades de cálculo.

Assim, por exemplo, servirá para os estudiosos do clima que se interessam pelo aquecimento e seus efeitos sobre os ecossistemas, ou as probabilidades de fenômenos extremos.

No campo da química, o aumento da capacidade de cálculo é indispensável para analisar a combustão de hidrocarbonetos, no qual estão envolvidos centenas de componentes que geram milhares de reações.

A biologia também poderá recorrer a esta nova plataforma para o estudo da estrutura das proteínas, suas reações e, de forma geral, a simulação da complexidade dos componentes dos ecossistemas.

O centro de pesquisa pública afirmou que "com este sistema aberto a todos os pesquisadores, seja do setor público ou privado, o CNRS dará aos estudiosos franceses os meios para preparar o futuro".

O que é o ecossocialismo ?

Corrente articula meio ambiente e socialismo.

O Manifesto Ecossocialista Internacional, publicado nos Estados Unidos e na França, e, mais recentemente, o Manifesto Ecossocialista brasileiro, são algumas das manifestações de um fenômeno que tem se desenvolvido em vários países. Um fenômeno que é herdeiro de muitos anos de lutas, como por exemplo, no Brasil, o combate e o sacrifício de Chico Mendes.

O que é então o ecossocialismo? Trata-se de uma corrente de pensamento e de ação que se reclama ao mesmo tempo da defesa ecológica do meio ambiente e da luta por uma alternativa socialista. Para os ecossocialistas, a lógica do mercado e do lucro capitalistas conduz à destruição dos equilíbrios naturais, com conseqüências catastróficas para a humanidade.

Em ruptura com a ideologia produtivista do progresso - em sua forma capitalista e/ou burocrática - e em oposição à expansão ilimitada de um modo de produção e de consumo incompatível com a proteção da natureza, esta corrente representa uma tentativa original de articular as idéias fundamentais do socialismo - marxista e/ou libertário – com os avanços da crítica ecológica.

Um outro tempo A racionalidade estreita do mercado capitalista, com seu cálculo imediatista de perdas e lucros, é intrinsecamente contraditória com uma racionalidade ecológica, que toma em consideração a temporalidade longa dos ciclos naturais.

Não se trata de opor os "maus" capitalistas ecocidas aos "bons" capitalistas verdes: é o próprio sistema, baseado na concorrência impiedosa, nas exigências de rentabilidade, na corrida atrás do lucro rápido, que é destruidor do meio ambiente.

É necessária uma reorganização do conjunto do modo de produção e de consumo, baseada em critérios exteriores ao mercado capitalista: as necessidades reais da população e a defesa do equilíbrio ecológico. Isto significa uma economia de transição ao socialismo, na qual a própria população - e não as leis do mercado ou um bureau político autoritário - decide, democraticamente, as prioridades e os investimentos.

Essa transição conduziria não só a um novo modo de produção e a uma sociedade mais igualitária, mais solidária e mais democrática, mas também a um modo de vida alternativo, uma nova civilização, ecossocialista, mais além do reino do dinheiro, dos hábitos de consumo artificialmente induzidos pela publicidade e da produção ao infinito de mercadorias inúteis.

Os ecossocialistas sabem que os trabalhadores do campo e da cidade, mais além dos limites de suas organizações sindicais e políticas atuais, são uma força essencial para a transformação radical do sistema e o estabelecimento de uma nova sociedade. Michael Löwy é sociólogo brasileiro radicado na França, militante ecossocialista e internacionalista.

Fonte: www.democraciasocialista.org.br