28 de outubro de 2007

THE SIMPSONS E O MEIO AMBIENTE



Esse filme pode muito bem servir como matéria para discussão sobre assuntos ligados ao meio ambiente. Aborda de uma maneira bem humorada e crítica a postura do ser humano em geral, frente aos acontecimentos ligados ao meio ambiente.

O filme se inicia com uma banda GREEN DAY que, ao final de seu show faz um apelo em favor do lago que está poluidíssimo. A população reage negativamente diante do apelo. A poluição dissolve o palco flutuante sobre o qual a banda se apresenta. O palco afunda como o Titanic.

Lisa, tocada pelas questões ambientais, sai batendo de casa em casa, tentando falar com os moradores sobre o problema detectado. Ela é mal recebida, pois ninguém quer ser perturbado com esse tipo de assunto. Não perdendo as esperanças, ela convoca os moradores para fazer uma apresentação. Quem assistiu o filme An Inconvenient Truth (uma verdade incoveniente) reconhece a cena: Lisa apresenta os gráficos de aumento dos níveis de carbono na atmosfera, mas só consegue “sensibilizar” a platéia quando avisa que a água que lhes deu para beber foi retirada do lago poluído. Inicia-se uma campanha para limpar o lago. Tudo parece perfeito: a cidade se organizou para fazer tratamento dos resíduos e o lago ficou perfeito, até que...

Certo dia, a família foi à igreja e o pastor disse que Deus revelaria sua palavra diretamente aos fiéis. De repente, o vovô que dormia, recebeu uma súbita revelação e desesperado começou a anunciar um terrível futuro. Em certo momento começou a falar palavras de maneira desconexa, girando no chão de agonia. A família Simpson o enrola no tapete da igreja e sai. Margie não se esqueceu do momento e, cuidadosamente passou a analisar as palavras que o vovô havia dito, tentando coloca-las em ordem, de modo que fizessem sentido.

Enquanto isso, o atrapalhado Homer adotou um porquinho, centro de suas atenções.Margie reconheceu no rabo do porco, a evidência de parte da profecia do vovô.O cocô do porquinho ficava armazenado num enorme container improvisado no quintal da casa. Margie perguntou quando que ele o esvaziaria. Homer amarra o enorme container sobre o carro e aguarda em uma enorme fila de carros sua vez de esvaziar os detritos de uma maneira ambientalmente correta, até que recebe um telefonema de um amigo que o avisa de uma grande festa numa doceria, que distribuia rosquinhas. O apetite voraz de Homer faz com que sua frágil consciência ambiental se desfaça e, em alta velocidade, parte para o lago, atropelando todas as placas de conscientização e barreiras de proteção. O container vai para a água, poluindo-a instantaneamente. O nível de poluição foi tão grande que um esquilinho que mergulhou nas águas do lago sofre imediata mutação, ficando com mil olhos.Mais uma vez, as palavras desconexas do vovô começam a fazer sentido. Cientistas da APA, agência de preservação ambiental, recolhem o animal que sofreu mutação, levando-o para ser observado. Percebem que sofreu uma mutação decorrente da poluição do lago.

O assunto ganha a mídia. As autoridades resolvem dar um jeito na situação da pior maneira possível, cobrindo toda a cidade com uma cúpula que a separaria do restante do planeta. Mais uma vez Margie percebe que as palavras do vovô fizeram sentido: APA, APA, palavras que ele gritava repetidamente eram a sigla da Agencia de Proteção Ambiental, sigla esta que estava gravada nos helicópteros que trouxeram a imensa cúpula. A população sitiada, já passava por privações. A bebezinha da família achou uma passagem para o mundo exterior, através da areia do playground. Essa passagem salvou a família Simpson de ser linchada pela população da cidade, que descobriu a culpa do Homer.

Quando saíram da cidade, Homer partiu para o Alaska com a família se esquecendo das dificuldades pelas quais passavam seus concidadãos, até que a situação calamitosa foi divulgada na TV. Margie e as crianças acharam que deviam voltar e fazer alguma coisa. Homer, no entanto, achou que os vizinhos mereciam aquele problema. Homer sai de casa para dar uma volta despreocupado e quando retorna, encontra somente sua fita de casamento, o único objeto que Margie retirou da casa antes que fosse destruída. Na fita, a gravação da esposa explicando que havia partido, mostrando sua total decepção com o marido.

Homer sai em busca de sua família, chicoteando os cães do trenó dia e noite, até que os pobres, estafados se rebelam contra ele. Homer fica desesperado e quase é devorado por um urso quando uma índia que o ajuda a ter uma epifania, uma revelação que mostrasse a ele o caminho a ser tomado em sua vida. Homer, depois de longo processo percebe seu egoísmo e parte para a cidade. Com seu heroísmo desastrado, acaba conseguindo, depois de várias tentativas, salvar a cidade, que já estava fadada a sumir do mapa. O governo, juntamente com a APA, havia colocado uma bomba que explodiria a cidade, juntamente com seus moradores. Homer consegue entrar pelo pequeno orifício no topo da cúpula e, já de cara, consegue que o tempo para que a bomba exploda diminua. Decepcionado, diante do fim eminente, recebe a ajuda de uma árvore, que aponta para uma moto. Homer percebe que essa é a maneira que salvará a cidade. Da mesma forma que aprendeu a correr com a moto pelo interior de um globo da morte para conseguir ganhar dinheiro para ir ao Alaska, ele faz no interior da cúpula, não sem antes procurar seu filho Bart para ajuda-lo em sua missão. Bart que estava decepcionado com a falta de caráter do pai, não resiste ao apelo de segurar a bomba nessa tarefa. Pai e filho saem a toda velocidade sobre a moto, alcançando o orifício no topo da cúpula. A emoção chega ao ápice quando a bomba gira sobre o orifício, como uma bola de basquete em torno do gargalo, até que explode, do lado de fora, fazendo a cúpula em cacos, libertando assim a cidade de Springfield. O casal se reconcilia e sobre a moto em movimento, se beijam longamente.

O mais interessante são as demonstrações de mau caráter, bem próprias do ser humano em relação às questões ligadas ao que é de responsabilidade de todos, como omissão, buscar nos outros a culpa, dentre outras más atitudes, que valem a pena ser discutidas com os alunos.

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