Prosseguindo dentro do estudo de Educação Ambiental, teremos uma fase que vai além do conhecimento vivenciado pelos alunos nas primeiras séries. Agora, os alunos possuem condições cognitivas para refletir um pouco mais sobre as ações do homem e seu meio e as formas de melhor conviver com este meio.
O ciclo da água merecerá maior e diferenciado enfoque a respeito dos seus antigos e novos ritmos, isto porque, ao sofrer a ação humana (desmatamentos, desvio de cursos de rios...), a água apresenta novas formas de relacionamento com os outros elementos da natureza.
O que visamos nestas séries é, então, o aprofundamento da consciência ecológica sobre a questão dos recursos hídricos e uma ação prática, por parte dos alunos já conscientizados, em direção à preservação desses recursos.
Pretende-se, com isso, propiciar aos alunos a aquisição de conhecimentos básicos, no sentido de desenvolver a prática de trabalho de campo, para que tenham subsídios para a participação nas transformações sócio-econômicas e políticas da comunidade.
Como os alunos já possuem uma boa prática de leitura e de escrita, sugerimos as seguintes atividades:
1) Elaboração de material didático (por professores e alunos) para uma aula preparatória para o trabalho de campo. Dentro desta aula discutem-se conceitos, como: Educação Ambiental e sua importância; poluição; contaminação; mata ciliar; papel da vegetação na formação e manutenção do solo; importância da existência de vida na água dos rios; causas da erosão; exploração dos recursos naturais predatória versus sustentada; etc.
2) Apresentação do vídeo "Água ou Acqua", seguida de uma discussão sobre o tema, em forma de mesa redonda ou seminário.
3) Realização de Trabalho de campo. Selecionar o objeto temático, organizar as atividades de campo, observar e fazer relatório. (Para isto seria interessante que cada aluno possuísse um caderno para anotações ou folhas que pudessem ser apostiladas).
Na visita à área de nascentes do córrego do Botafogo, mostrar aos alunos as evidências de erosão; explicar que antes existia no local vegetação de brejo e mata ciliar protegendo o solo e ajudando a reter a água no solo.
É fundamental utilizar o mapa e ir mapeando os diversos usos e ocupações do solo, bem como os impactos ambientais identificados,
Discutir a respeito de como evitar o solapamento dos barrancos; como diminuir a velocidade e quantidade de água que desce pelo vale quando chove; quais seriam as causas e que soluções poderiam ser apontadas.
3.4) Levar sacolas de lixo para recolher os resíduos como garrafas plásticas, sacos plásticos, latas de refrigerantes... numa atividade de limpeza ambiental.
3.5) Visitar um trecho do córrego (a jusante) para verificar a qualidade da água, assim como a da área do entorno, podendo ser o trecho do próprio córrego próximo ao conjunto Ana Jacinta.
3.6) Coleta de água com o kits para exame laboratorial, fornecido pelo CDCC-USP-São Carlos.
4) Elaborar cartazes, painéis com fotos, frases, figuras, experiência com plantas em vários ambientes (os alunos podem anotar suas conclusões no mesmo caderno destinado ao trabalho de campo).
5) Feita a coleta de água, discutir, apontar soluções.
6) Convidar um médico para falar sobre a importância da água em nosso organismo; porque tomar água filtrada ou fervida; sobre as principais doenças transmitidas pela água contaminada e como fazer para se prevenir; entre outros assuntos.
7) Levantamento das doenças existentes no bairro, que sejam de veiculação pela água.
8) Produzir algum material escrito a partir dos trabalhos realizados pelos alunos e divulgar os resultados através da TV, rádio, jornais... denunciando o lançamento de esgoto do bairro em afluentes do córrego e outros impactos ambientais.
9) Entregar cópia desses materiais produzidos para a Prefeitura Municipal, órgãos do Estado e entidades civis com atuação na bacia hidrográfica do córrego.
Cobrar dos órgãos como SABESP, Prefeitura Municipal, entre outros, soluções para os problemas como o esgoto, lixo, etc.
Fonte:http://educar.sc.usp.br
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