21 de novembro de 2007

Recuperação da prata de radiografias

Apesar da quantidade de prata nas radiografias variar muito em função das chapas escolhidas, são obtidos cerca de 2 gramas de prata com 98,50% de pureza para cada m2 de radiografia.

Um dos metais mais populares de nossa civilização, a prata (e suas ligas) tem sido utilizada em jóias, talheres, espelhos, objetos decorativos e etc. Está presente também nas fotografias branco e preto e nas radiografias, sendo nesses últimos, considerados como fontes secundárias de prata de grande interesse comercial por ser uma atividade lucrativa e constituir matéria-prima sem custo.Estima-se, em média, que a prata potencialmente recuperável de negativos de filmes preto e branco é de cerca 0,5g/m2 ao passo que esse número pode aumentar 10 vezes para radiografias.Algumas técnicas vêm sendo estudadas e desenvolvidas para recuperação de prata a partir de filmes, de resíduos de laboratório e outros materiais. Porém muitas destas técnicas, apesar de serem eficientes na recuperação do metal, criam resíduos extremamente tóxicos (como os cianetos) que são lançados no ambiente ou apresentam grande gasto de energia elétrica.

Para recuperação de prata a partir de radiografias, devem ser considerados os seguintes aspectos, em igual relevância:

. simplicidade na execução. menor quantidade de reagentes

. baixo custo dos reagentes . geração de menor quantidade de resíduos

. geração de resíduos menos tóxicos. bom rendimento

. potencialidade na recuperação/tratamento dos resíduos

Seguindo o objetivo de se extrair a prata da radiografia por um processo barato sem a geração de resíduos químicos perigosos, a equipe do CEFET desenvolveu o processo que consiste nas seguintes etapas:

1) Tratamento da radiografia com uma solução de hipoclorito de sódio 2,0% (água sanitária) sendo gerados:

· um resíduo sólido que contém a prata sob a forma de vários compostos químicos;

· películas radiográficas “limpas”.


2) Em seguida o resíduo sólido é tratado com hidróxido de sódio sólido em água por aquecimento durante 15 minutos. Nesta fase obtém-se o óxido de prata misturado a impurezas.

3) Faz-se o aquecimento do óxido de prata com uma solução de sacarose por 60 minutos obtendo-se a prata impura sólida que ainda não apresenta brilho.

4) Finalmente é feito o aquecimento da prata a 1.000ºC por 60 minutos numa mufla (um tipo de estufa) e obtém-se a prata pura e com brilho.
Fonte:http://www.recicloteca.org.br

Nenhum comentário: